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Romero Britto: traço essencial do Romantismo.

Atualizado: 16 de abr. de 2019


Muitas têm sido as críticas aos trabalhos de Romero Britto, que, à primeira vista, parece ter-se habituado a elas. O sucesso de vendas o coloca em um patamar diferenciado, a ponto de fazer o que quiser, e marcar um território que é só dele. Justamente esse sucesso o faz rejeitado. Embora, ele tenha a sua própria galeria. O relevo deste texto tem o objeto de transpor aquilo que já é comum a tudo que se diz a respeito de Romero Britto


e procura buscar qual o instrumental que o artista explorou para tais feitos, tanto nas decisões compositivas quanto no manuseio gráfico, pois não se trata apenas de cores, como muitos apontam. Nesse contexto, é do Romantismo que se lança luz sobre o exercício da expressão criadora e da linguagem visual presentes nas obras do artista. Ainda que haja muita resistência em se falar sobre elas. É inegável que toda essa explosão de traços e cores, e exploração comercial, se co-contaminam. Na construção de imagens visuais o artista usa traços fortes em preto, até então pouco explorados nas telas, mas muito presente na arte urbana. Essa apropriação o torna um arrojado. Mas, o elemento essencial que foi capaz de formar um público que se identificasse com a sua obra foi o fato de usar em suas composições as imagens simples muito presentes na infância de qualquer um, elementos esses presentes no Romantismo. O escapismo, que se manifesta, entre outras características, na busca por um passado próximo (a infância). É na lembrança da infância que reside o sucesso comercial de sua obra. A verdadeira felicidade reside na infância. Quem não é capaz de se lembrar da professora do primário ensinando a desenhar um peixe, um gato, um coração, uma borboleta ou uma flor? Para reforçar tudo isso esses elementos estão presentes nas apostilas escolares. Essa transposição desses elementos para as telas preenchidos com cores vibrantes tornaram suas obras guardiãs da infância, tão requerida, tão necessária, para fugir do caos diário.


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